Garrafa térmica, problema para café ficar quente

10/11/2006 06:11:32 –

10 de novembro de 2006 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: Tribuna da Bahia

Companheiro infalível de todos os dias. Assim muitos brasileiros definem o cafezinho quente. Em casa ou no trabalho, o líquido preto, amargo e quase sempre quente é servido diariamente, mas para mantê-lo em temperatura adequada é indispensável colocá-lo em uma garrafa térmica de qualidade. A Proteste, associação de consumidores testou seis modelos de mesa encontrados no mercado brasileiro e detectou que alguns fabricantes precisam melhorar a resistência dos produtos ao impacto e a vedação da tampa. As marcas são as mesmas encontradas no mercado de Salvador.Dois itens devem influenciar na escolha da garrafa térmica: Vedação da tampa para evitar vazamento e a resistência à quebra. Segundo o teste, as garrafas de mesa são relativamente baratas, mas vale a pena ficar atento na hora de comprá-las. Apesar da grande variedade de modelos – produtos de diferentes cores, desenhos e formas, o número de fabricantes no mercado é reduzido.

De acordo com José Alves, comerciante de uma pequena cafeteria do centro da cidade, é comum os consumidores comprarem um produto parecido com outro que já apresentou problemas. “Já comprei garrafa térmica que não mantinha a temperatura, e o café ficava frio”, diz ele que costuma vender mais de 50 cafezinhos em copos descartáveis por dia.

Há ainda diferenças grandes de preços até mesmo entre unidades do mesmo modelo que podem custar o triplo, a depender da loja onde está sendo ofertada. Em geral as garrafas com dispositivo de bombeamento são mais caras do que as com tampa de rosca. O preço mínimo do modelo mais barato com tampa de rosca, a Termolar Mundial custa em torno de R$11,90, e as mais caras como a Invicta Inox, tem preço estipulado em R$34,42.

No teste realizado pela Associação, detectou-se que o vazamento ocorre mais em garrafas com bomba do que nas que possuem rosca. Em um teste de 30 minutos com as garrafas deitadas, todas com dispositivo de bombeamento deixaram vazar o líquido. O pior caso foi da Aladdin Inox que perdeu mais de 50% do líquido no recipiente. Em compensação, nenhuma das garrafas com tampa de rosca vazou.

Em questão de estabilidade nenhuma delas tombou quando apoiada em superfícies ligeiramente inclinadas, a até 10º. Na pesquisa de avaliação, apenas quatro produtos traziam manuais de instruções com todas as informações sobre segurança, limpeza, operação, dados dos fornecedores e condições de garantia. Alguns produtos não ofereciam sequer as instruções exigidas pela norma técnica, como a proibição de agitar a garrafa, procedimento que pode causar acidentes graves.

De acordo com os consumidores que responderam a Proteste todas as garrafas são consideradas difíceis de montar e desmontar, o que prejudica sua limpeza correta e sua durabilidade. Alguns consumidores criticaram os produtos com tampas com dispositivo de bomba que basta pressioná-la para que o líquido suba pelo condutor. Segundo eles, embora o dispositivo seja eficiente na posição vertical, permitem vazamentos quando colocados deitados por pequenos intervalos de tempo.‘

“Quando viajo gosto muito de levar uma garrafa cheia de café, mas tenho que colocá-la em uma caixa fazendo de tudo para que ela permaneça em pé se não certamente o líquido irá vazar todo”, conta Maria José Silva Santos, 50 anos. O Ibametro nunca realizou testes com garrafas térmicas. O coordenador Edson Sales diz que a garrafa térmica não é um produto de certificação compulsória, ou seja, “não existem regulamentos obrigatórios a serem cumpridos pelo produto”. A Proteste dá dicas: Redobre a atenção ao colocar bebidas quentes na garrafas, em especial se houver idosos ou crianças por perto; Para manter o café quente por mais tempo, o ideal é encher a garrafa toda. Haverá menos ar para a troca e perda de calor; Não agite a garrafa, em especial se estiver cheia. O líquido quente fica sob pressão e pode espirrar ao abrir, queimando quem estiver por perto. (Por Lilian Machado)

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