Comemoração e premiação no IAC com 120 anos de Melhoramento do café

Por: 29/06/2007 12:06:06 - Agência FAPESP

Comemoração e premiação no IAC

Agência FAPESP – O Instituto Agronômico (IAC) entrega nesta sexta-feira (29/6), às 16h, o Prêmio IAC 2007, durante cerimônia comemorativa aos 120 anos da instituição, em Campinas (SP).
Nas categorias internas serão agraciados os servidores Marcelo Bento Paes de Camargo (Pesquisador Científico), Geraldo José Arrivaben (Apoio Técnico-Científico) e João de Deus Santos (Apoio Administrativo). Nas categorias externas os premiados serão Sílvio Crestana (presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Xico Graziano (secretário de Estado do Meio Ambiente) e José Peres Romero (Produtor Rural).


O Prêmio IAC foi criado em 1994, com o objetivo de reconhecer, internamente, profissionais que se destacaram no ano. Em 2001, o Prêmio ganhou categorias externas, a fim de agraciar profissionais e instituições atuantes no agronegócio. O Prêmio IAC consiste em uma peça de arte ou em um diploma.


Externamente, segundo o IAC, a premiação homenageia pessoas físicas ou jurídicas que se destacaram pela contribuição nas esferas científicas e tecnológicas ou em atividades práticas que propiciem o desenvolvimento da agricultura sustentável, a melhoria da renda do agricultor e do agronegócio paulista.


“A premiação é o reconhecimento ao mérito científico, ao desempenho institucional e aos profissionais e instituições de destaque na agricultura paulista e nacional”, disse Orlando Melo de Castro, diretor-geral do instituto.



Melhoramento do café


A trajetória do Instituto Agronômico, que completou 120 anos no dia 27, está ligada à capacidade de identificar demandas e gerar respostas tecnológicas. Órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o IAC tem sua sede em Campinas.


Criado por solicitação dos produtores de café no Estado de São Paulo e fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, o instituto começou como Imperial Estação Agronômica de Campinas.


Em 1892, passou para o Governo do Estado de São Paulo. Em 1923, foi inaugurada a Seção de café, cujas atribuições se relacionavam ao estudos de aspectos fitotécnicos da cultura. Seis anos depois, com a criação da Seção de Genética, tiveram início os trabalhos de genética e melhoramento do cafeeiro, sob a orientação de Carlos Arnaldo Krug.


Em 1932, foi estabelecido um amplo programa de pesquisas com o café, que envolveu diversas áreas. Esse programa, até hoje em execução, passou a contar, em 1935, com a participação de Alcides Carvalho, que mais tarde se tornaria um dos principais nomes da cafeicultura nacional e mundial.


No início dos anos 1950, o IAC realizou os primeiros estudos sobre a adequação dos cafeeiros às diversas regiões climáticas, abrangendo, inclusive, a microclimatologia, relacionada a conceitos e métodos de defesa contra geadas. Atualmente, o instituto conta com um acervo de informações meteorológicas para o monitoramento da cafeicultura e de métodos para a irrigação dos cafezais.


Na década de 1990, a antiga Seção de café e parte da Seção de Genética foram reunidas, dando origem ao Centro de café e Plantas Tropicais do IAC, que passou, em 2001, a se chamar Centro de Análise e Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do café Alcides Carvalho.



Tecnologias para todo o país


A atuação do instituto garante ainda a oferta de alimentos à população e matéria-prima à indústria, cooperando para a segurança alimentar e para a competitividade dos produtos no mercado interno e externo.


Para isso, conta com 216 pesquisadores científicos e 372 funcionários de apoio, além de 1.279 hectares de terras distribuídos entre a sede principal, centro experimental central e quatro centros avançados de pesquisa, com casas de vegetação, laboratórios e infra-estrutura adequada aos trabalhos.


Neste 120º ano de atuação, é marcante a expansão das tecnologias desenvolvidas pelo IAC para outros estados do país, que permitiram levar, por exemplo, a cana-de-açúcar para o oeste baiano, Goiás e Tocantins.


Entre as conquistas do instituto estão pesquisas com seringueiras que fizeram de São Paulo o maior produtor de látex brasileiro. Tipos especiais de arroz têm engordado a renda de agricultores na região do Vale do Paraíba. Outra novidade é um tipo de tangerina sem semente, que chega agora aos supermercados em São Paulo.


Ao longo de sua história, o IAC desenvolveu cerca de 750 novas variedades de 66 espécies, nas mais diversas cadeias produtivas do agronegócio paulista e brasileiro. Apenas nos primeiros meses de 2007, 20 novas variedades chegaram aos produtores, entre as quais três de cana-de-açúcar, uma de mamona e seis de feijão.


O trabalho busca sempre o desenvolvimento de variedades, que são subdivisões dentro de cada espécie, mais resistentes a doenças e mais produtivas. “Quando se fala em melhoramento, é importante destacar a busca incessante dos nossos pesquisadores por materiais resistentes às principais pragas e doenças das culturas. Não só os agricultores, mas a sociedade como um todo quer uma agricultura limpa, com menor impacto ambiental e que gere produtos mais saudáveis”, disse o diretor-geral do IAC.


“Hoje, estamos na vanguarda de muitas áreas do conhecimento. Adotamos as atividades genômicas e transgênicas, sem abandonar as pesquisas tradicionais de melhoramento genético, de estudo de solo, de irrigação, de climatologia”, destacou Castro.


Mais informações: www.iac.sp.gov.br
 

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.