Apucarana e Cornélio Procópio vencem o concurso café 2008

2 de novembro de 2008 | Sem comentários Agenda & Eventos Mais Café

Em solenidade oficial,  presidida pelo Governador do Paraná em exercício Orlando Pessuti, ontem, 30, em Mandaguari, os municípios de Apucarana e Cornélio Procópio sagraram-se campeões do Concurso Café Qualidade Paraná 2008, indicados pelos 10 membros da Comissão Estadual de Julgamento.  


Os cafeicultores classificados, em primeiro lugar na categoria Café Natural é João Ferreira dos Santos Neto e na categoria Café Cereja Descascado é Osvaldo Garcia, representarão a cafeicultura paranaense na etapa nacional, de 18 a 23 de novembro no Leilão e Concurso Nacional da Associação Brasileira da Indústria de Café, no município pernambucano de Porto de Galinhas.


Lançado em abril, durante a Expo-Londrina, a sexta edição do concurso contou com  690 amostras inscritas,  julgadas e premiadas em oito regiões cafeiras. No recém construído Centro de Convenções Dácio da Silva Bacelar, de Mandaguari, os 420 convidados presentes tomaram conhecimento do resultado do Leilão dos Cafés Campeões promovido pela ABIC e com apoio da cooperativa Cocari e Prefeitura Municipal, realizado no dia anterior e que pelos lances compradores classificou do 2o lugar ao 5o lugar os lotes, com 10 sacas cada lote nas duas categorias.


Para o Café Natural o 2o lugar Acácio Bacon, de Mandaguari, recebeu o lance de R$1.280,00 a saca, da Cocari. Valdir Rodrigues de Souza, de Jandaia do Sul, 3o lugar, teve a saca arrematada por R$700,00. O 4o lugar, Yassumassa Assami, de Marialva recebeu do Café Itamaraty R$550,00 e Sebastião Ribeiro, 5o lugar, teve a saca adquirida pela Cocamar no valor de R$385,10.


No Café Cereja Descascado foi classificou em 2o lugar Fábio Dória Scatolin, de Ribeirão Claro, com o valor de R$410,00 a saca paga pelo Sindicato das Indústrias de Café do Paraná. Em 3o lugar Norival Fávaro, de Santo Antônio da Platina, recebeu da ABIC R$401,00 a saca. José Roberto Lara, de Cornélio Procópio ficou em 4o lugar com o Café Damasco pagando R$400,00 a saca. O valor de R$357,10 a saca paga pela Corol deu a Renee Van Der Goot o 5o lugar.


O concurso, segundo Ademir Antônio Rodrigues, diretor técnico do instituto estadual Emater,  na oportunidade representando o secretário Valter Bianchini da Agricultura e do Abastecimento, é resultado de um longo, amplo e profundo trabalho de extensão rural oficial, da pesquisa agronômica cafeeira do Iapar, da assistência técnica privada das cooperativas e prefeituras e de recursos dos agentes financeiros parceiros, integrados na busca da qualidade e da produtividade.


O dirigente extensionista lembra que o instituto mobilizou nesta safra 45 extensionistas oficiais que atuam na metodologia Treino & Visita, compondo um grupo de 250 técnicos habilitados para a  capacitação de produtores rurais familiares interessados na atividade e que querem obter financiamento pelo Programa de Apoio para a Sustentabilidade da Cafeicultura Familiar do Paraná, dos R$340 milhões disponibilizados para o setor pelo Banco do Brasil.


Como resultado do trabalho integrado da Seab, Iapar e todos os parceiros que fazem parte da Câmara Setorial do Café, além do apoio dos ministérios MAPA e MDA, Faep, Fetaep, e Ocepar,  é comprovado o aumento da produtividade média da cafeicultura no sistema tecnológico adensado, prevista para 32 sacas beneficiadas por hectare, lembra Rodrigues, o Paraná evolui de 7 sacas em 1992 para as atuais 26 sacas estimadas pelo Deral/Seab.


“O concurso é também referência para aqueles que não participam  e que observam nos produtores adotadores do modelo tecnológico, o  aumento da renda, a oportunidade de emprego no campo e a melhoria da qualidade de vida familiar. A mídia, ao divulgar os resultados do concurso, mostra que o café é opção para quem quer diversificar a propriedade rural e crescer com os avanços da cafeicultura do Paraná”, assegura Rodrigues.


O campeão do Café Natural, João Neto é cafeicultor meeiro há quatro anos na chácara de Aurino Kitagawa, de 3,63 hectares, na Gleba Pirapó, em Apucarana e tem tradição de vencedor. A produção das 147 sacas em coco, agrega mais valor ainda por ser café orgânico e certificado pela Immo que presta assistência a Apol, entidade que é filiado. “Ano passado ficamos em 2o lugar no regional e estadual e este ano pegamos o 1o lugar no regional e agora no estadual. E agora vamos pra disputa na etapa nacional com fé de que o trabalho deu certo”, assegura João que junto com seu sócio pretende torrar e moer e colocar no mercado parte da safra e a parte restante guardar, na espera de melhor preço.


Para o campeão de fato do cereja descascado Antônio Olímpio Liranço, que venceu com o lote inscrito em nome do sogro Osvaldo Garcia, o desafio de ganhar é bem enfrentado porque seu sítio familiar Santa Laura, com 30 hectares de café  do total de 116 hectares,   faz parte do pólo deste tipo de café com mais cinco cafeicultores da Comunidade Taquaral Água São Luiz, em Cornélio Procópio. “ Venço pela terceira vez. A 1a vez foi em 2006 em 9o lugar no regional e estadual, em 2007 foi em 3o  lugar nas duas etapas e agora 1o lugar novamente nos dois”, confirma o cafeicultor  Liranço.


(Sérgio Henrique Schmitt – Asimp/Emater)
 

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