Grão de café da China entra na lista dos fornecedores da Illy

9 de março de 2009 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: GAZETA MERCANTIL

São Paulo, 9 de Março de 2009 – A partir deste ano, a mistura Illy pode ser incrementada com o grão chinês. Depois de um rigoroso processo de seleção, os primeiro lotes foram importados pela marca italiana. Até então, o último país fornecedor a figurar na lista Illy era a Colômbia.


Sérgio Carvalhaes, sócio de um escritório de corretagem de café, explica que a produção chinesa é pouco conhecida, mas ele acredita que a qualidade do grão chinês seja boa, “excepcional até, já que a bebida passou pelo crivo da Illy”, imagina.


Produtor insignificante no mercado de café, a China não colhe nem 25 mil toneladas de grãos por ano, ou 416 mil sacas de 60 quilos. Cerca de cinco mil toneladas são da variedade robusta, cultivada na província de Hainan e usada principalmente na fabricação de café instantâneo. O tipo arábica, que compõem 100% o blend Illy é produzido na província de Yunnan, e foi lá que os agrônomos da empresa foram buscar o novo ingrediente da mistura bebida no mundo inteiro.


Balança chinesa de café


A China exporta cerca de 60% de sua produção de café, metade das vendas externas segue para o Japão, para a fabricação de cafés solúveis. A China importa cerca de 250 mil sacas de café por ano, incluindo o café instantâneo.


O consumo de café na China gira em torno de 30 mil toneladas por ano e segundo projeções dos produtores locais e das cafeterias que invadiram o país, a venda da bebida deve crescer cerca de 20 % este ano.


O número de empresas de torrefação de café na China saltou de 25 para 30 no último ano por causa do crescimento nas vendas para consumidores de Xangai e outras cidades costeiras do país. “O fenômeno das cafeterias chegou à China, mas boa parte do café ainda é processada fora do país por falta de estrutura e torrefação de qualidade”, conta Carvalhaes.


Além da China, o café Illy é elaborado com grãos de outros 14 países, entre eles os africanos Etiópia e Quênia. Os grãos colombianos foram acrescentados recentemente à mistura para conferir certa acidez ao blend, explica Carvalhaes. “O mercado de cafés gourmet cresceu muito nos últimos anos. No Brasil começou a partir de 2000 e na China o movimento é bem recente e portanto tem um mercado potencial imenso a ser explorado”, calcula o corretor.
 

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