ARTIGO – Estudo aborda efeitos do café na saúde de diabéticos


 











Mestranda Danielly Mesquita Figueiredo

 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Estudo aborda efeitos do café na saúde de diabéticos


Pesquisa desenvolvida pela mestranda em Ciências dos Alimentos, Danielly Mesquita Figueiredo, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), quer comprovar os efeitos do café como alimento funcional no tratamento da Diabetes Melito tipo II. Intitulada “Consumo de café e seus efeitos sobre parâmetros bioquímicos, fisiológicos e atropométricos de indivíduos adultos portadores de Diabetes Melito tipo II”, a pesquisa é inédita no Brasil e pretende avaliar os benefícios do consumo de café e de diferentes compostos bioprotetores presentes na bebida.


De acordo com a pesquisadora, o produto é um dos mais consumidos no mundo e há muita especulação sobre seu impacto na qualidade de vida. “Muito se fala sobre café e saúde, mas existem poucos experimentos científicos que comprovem seus possíveis benefícios e malefícios. Por isso a importância do trabalho para desmitificar muitos boatos que existem sobre o café”.


A autora está preparando uma palestra sobre o assunto, que além de esclarecer algumas dúvidas sobre a bebida, objetiva conquistar a adesão de voluntários que tenham a diabetes tipo II para participação nos experimentos. Segundo Danielly, os participantes serão divididos em três grupos. O primeiro ficará sem tomar café e nenhum outro produto que contenha cafeína; o segundo grupo estará livre para consumir a bebida. Já o terceiro poderá apenas fazer uso do produto descafeinado. Os dois últimos ainda serão divididos em sub-grupos, considerando os níveis de consumo diário de café e a freqüência de atividades físicas semanais.


No início dos experimentos, todos os voluntários serão submetidos a exames de hemograma, urina e teste ergométrico. A cada dois meses, todos passam por uma avaliação, para verificar o peso e as medidas. Ao final da pesquisa, que tem a duração de seis meses, os exames iniciais serão repetidos para se verificar, de forma comparativa, os efeitos do café no organismo.


A mestranda esclarece a importância do projeto, uma vez que o índice de pessoas que possuem a doença vem aumentando a cada dia. “Estima-se que cerca de 330 milhões de pessoas no mundo todo estejam com esse tipo de diabetes em 2010. Se não houver uma preocupação em estudar e desvendar uma forma de comprovar que o café pode ser um alimento funcional que contribui para a qualidade de vida dessas pessoas, esse número pode aumentar ainda mais”.


A pesquisa faz parte do projeto “Café e Saúde”, desenvolvido na Ufla sob a coordenação geral do professor Carlos José Pimenta. Além dos estudos com diabetes tipo II, outras seis linhas de pesquisa estão inseridas no trabalho, com parceria com a Unilavras, Fagamon, UFMG e Epamig. Os experimentos são financiados pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisas e Desenvolvimento do café (CBP&D/Café).

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