Lula quer ver dinheiro no campo

Por: O Liberal

ECONOMIA
18/04/2009
 
Lula quer ver dinheiro no campo
 
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou um exemplo dramático, ontem, ao determinar que o governo seja mais ágil na liberação do montante de R$ 10 bilhões do BNDES às agroindústrias, aprovado na última quinta- feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).


Em reunião com os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes; do Planejamento, Paulo Bernardo; e técnicos do Ministério da Fazenda, do Banco do Brasil e do BNDES, Lula comparou a situação do segmento a um navio que pode ir a pique e reclamou da demora para o dinheiro chegar na ponta. Exigiu ainda que, até a próxima terçafeira, a equipe apresente a ele formas para garantir mais rapidez às empresas.


“O presidente está extremamente preocupado. Disse que o navio está no mar, o navio está afundando e nós temos que evitar que isso aconteça. Não estamos vivendo um período de normalidade. Vivemos um período de guerra”, resumiu Stephanes.


Na reunião, que durou cerca de uma hora e meia, no Palácio da Alvorada, ficou decidido que o BNDES repassará parte dos recursos ao Banco do Brasil, ao Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, para melhorar o sistema de distribuição. Lula também disse esperar que o processo de liberação dure de 30 a 60 dias, no máximo. “O presidente foi muito claro: “não quero mais reunião. Eu quero que as coisas aconteçam. De reunião chega. Eu quero na minha mesa qual é a forma operacional que me dê garantia que em 30 dias ou 60 dias no máximo esteja na ponta”, relatou o ministro da Agricultura.


O ministro Paulo Bernardo esclareceu que somente agora será possível trabalhar com os R$ 10 bilhões que são do BNDES. Isto porque o governo precisava aguardar a sanção da lei que permitiu o repasse de R$ 100 bilhões do Tesouro para o banco de fomento, para depois as medidas serem aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “Têm chegado reclamações ao gabinete do presidente, mas não há com o que se preocupar porque agora os bancos vão começar a operar”, disse.

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