SEGMENTO GOURMET CRESCE DE 15% A 20% AO ANO

13 de maio de 2009 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: Blog do café

Há pouco mais de dez anos o conceito de café gourmet, cujo grão é de origem 100% arábica, praticamente não existia no Brasil e eram poucos os que acreditam que este segmento poderia prosperar por aqui. O café, bebida apreciada por 9 entre 10 brasileiros, data de 1727, vindo da Guiana Francesa. O produto que movimentou durante décadas a economia do país continua em ascensão, mesmo com a crise, e segue em ritmo de expansão.


Em material divulgado pela assessoria de imprensa da Café do Centro, o diretor da empresa, Rodrigo Branco Peres (foto), disse que consumo de café gourmet tem crescido de maneira considerável no mercado interno. “Se levarmos em conta que, em 2001, o segmento gourmet era desconhecido, e a partir de 2004 houve um boom no setor, veremos que um crescimento médio entre 15% e 20% ao ano no consumo é muito relevante”.


Segundo dados da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), no ranking mundial de consumo por habitante o Brasil, com 5,64 kg/hab.ano, supera Itália (5,63 kg/hab.ano), França (5,07 kg/hab.ano) e fica apenas dois dígitos atrás da Alemanha (5,86 kg/hab.ano). No topo da lista estão Finlândia, Noruega e Dinamarca, com um volume próximo de 13 kg/hab.ano.


O Brasil sempre foi produtor de café gourmet, mas apenas como fornecedor de matéria-prima, exportados na forma de grãos verdes (não torrados), para Europa, Estados Unidos e Japão.  Branco Peres comenta como foi possível reverter este quadro. “O café que ficava no Brasil era o de pior qualidade, desta maneira foi preciso investir e desenvolver o gourmet numa época em que pouquíssimos consumidores sabiam o que era um café premium. Esse foi um desafio assumido pelo Café do Centro — hoje a maior torrefadora do segmento de grãos gourmet e especiais do país —, em 1997, pois apostamos neste segmento e temos obtido resultados excelentes”, comentou.


De 2007 para cá surgiram mais de 150 marcas, conforme a dados da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais). O número comprova que o mercado está em expansão e a competitividade aumentando. O Brasil produz entre 1 milhão e 1,2 milhão de sacas de 60 kg de cafés especiais por ano. No entanto, 90% da safra ainda é comercializada no mercado externo.

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