Estudo vai avaliar impactos fitossanitários com mudanças climáticas

Brasília (14.5.2009) – Durante quatro anos, de 2009 a 2012, a Embrapa Meio Ambiente vai liderar estudo nacional para avaliar o impacto das mudanças climáticas globais sobre problemas fitossanitários, como pragas (insetos), doenças (fungos e bactérias) e plantas daninhas.


Uma das etapas do projeto é a instalação do experimento tipo Free-Air Carbon Dioxide Enrichment (Face) com foco nos efeitos do aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera.


De acordo com a coordenadora do projeto, Raquel Ghini, existem aproximadamente 20 Face’s no mundo, sendo o primeiro experimento desse tipo no Brasil. “Queremos criar condições em campo para simular a atmosfera futura, com concentrações maiores de gás carbônico que as atuais. O gás favorece o desenvolvimento da planta, mas pode favorecer também o desenvolvimento de pragas e doenças”, explica.


Outro ponto a ser avaliado é o aumento da temperatura, pois ainda há muita informação a ser obtida para evitar danos nas lavouras. Além disso, será estudado o aumento da incidência de raios ultravioleta, que podem matar micro-organismos importantes para plantas de certas lavouras. Serão elaborados mapas com cenários futuros.


“O projeto vai direcionar novas pesquisas. O impacto das mudanças climáticas não é apenas ambiental, é econômico e social”, enfatiza Raquel Ghini. “Com alterações da temperatura, daqui a 10 anos poderemos ter doenças que antes não atacavam algumas culturas”, diz a pesquisadora. (Lis Weingärtner, com informações da Embrapa)

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