Agronegócios: Um basta aos efeitos da estiagem

Por: Jornal do Comércio - RS

por Cristine Pires


A seca que assolou o Rio Grande do Sul em 2004 trouxe um prejuízo inestimável para o produtor Eleutério Rubert, em Fortaleza dos Valos. Dos 25 litros de leite ordenhados ao dia por animal, o volume minguou para três litros. Com os cálculos das perdas, veio uma decisão: não ficar à mercê dos fatores climáticos. Começaram então os preparativos para irrigar o pasto e garantir a alimentação do rebanho, sem ficar na dependência da ajuda de São Pedro.

No ano seguinte, poucas chuvas agravaram ainda mais a situação do agronegócio em território gaúcho. Mas Rubert já estava preparado. “De lá para cá, nunca mais a produção baixou de 23 litros por exemplar”, comemora ele, sem esconder a satisfação de ter tomado a decisão, ainda mais agora, com a queda de até 50% na produção de leite no Estado.

Além do sistema de pivô rebocável adotado para irrigar os campos, ele investiu na construção de um microaçude dentro do programa Pró-Irrigação, desenvolvido pelo governo gaúcho, via Secretaria Extraordinária da Irrigação e Usos Múltiplos da Água (Siuma), em parceria com a Emater/RS-Ascar e prefeituras municipais. Mesmo que os reflexos da estiagem mais severa dos últimos 80 anos tenham sido sentidos agora, o impacto no rebanho é mínimo.

A resposta está na ponta da língua quando é questionado quanto à eficácia das medidas em relação ao dinheiro aplicado. “A melhor coisa que se paga na agricultura é a irrigação.” Rubert gastou, em média, R$ 5 mil por hectare irrigado, investimento que, segundo ele, já se pagou. O produtor diz que há opções de menor valor para outros perfis de propriedade e lembra que há linhas de crédito específicas para irrigação, mas reconhece que ainda há resistência por parte da maioria dos agricultores.

O primeiro passo é romper um círculo vicioso que se repete a cada ano. Quando o desespero da perda é amenizado pelas chuvas, como as que ocorreram na semana passada, muitos desistem de levar os projetos adiante. Um dos entraves para que o produtor faça o investimento é o preço médio da irrigação por hectare. Segundo a Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação (Csei) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a preferência, em muitos casos, é por usar o dinheiro para comprar terras em vez de usar em irrigação.

Só que o sistema de irrigação garante o aumento da rentabilidade por área plantada. O Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, feito pela Agência Nacional da Água (Ana) e apresentado em março, mostra o potencial dessas áreas. Da superfície plantada no Brasil, apenas 5% recebe irrigação. Esses 5% são responsáveis por 35% do valor econômico gerado no setor agrícola e por mais de 16% da produção total.

O relatório traz estatísticas otimistas. De 2000 a 2006, o incremento médio na área irrigada por sistemas pressurizados foi de 120 mil hectares por ano. O número permite estimar a área irrigada no Brasil, em 2006, de 4,3 milhões de ha, resultado da incorporação de 1,2 milhão de ha de novas áreas de irrigação aos 3,1 milhões de ha da área do censo do IBGE de 1995-1996. Se o País aliar o interesse dos produtores à disponibilidade de solo apto para irrigação – 30 milhões de ha -, o salto será gigantesco nos próximos anos.



Pró-irrigação estimula procura pelos sistemas


A irrigação mecanizada chegou ao Rio Grande do Sul há cerca de duas décadas. O lado positivo é que, a cada ano que passa, a ocupação de áreas com o sistema tem aumentado, consequência do maior nível de consciência do produtor. Dois fatores contribuíram para esse contexto. O primeiro é que os efeitos da estiagem têm sido constantes e as perdas também. “O segundo é que, quem irriga, consegue um incremento importante na produtividade, o que desperta o interesse da cadeia”, afirma Siegfried Kwast, presidente do Grupo Fockink, que tem forte atuação na área de agronegócios e sistemas de irrigação.

É o caso dos produtores de milho, que se empolgam com os resultados dos vizinhos que contam com agricultura irrigada e também aderem ao sistema. A cultura, que é uma das que melhor responde à técnica, tem uma produção média de 70 sacos por hectare (ha). Em períodos de boas chuvas, esse volume passa para 150 a 180 sacos por ha. Já quando o produtor alia a irrigação com tecnologia de vanguarda, o montante salta para algo entre 240 a 250 sacos/ha. “O produtor pensa melhor com dinheiro no bolso”, brinca Kwast, referindo-se à decisão de investir.

Há linhas específicas para aqueles que tomam a decisão de tocar o projeto em frente. O Moderinfra destina-se a produtores de médio e grande portes, enquanto o que o Pronaf Mais Alimentos tem como público-alvo os pequenos agricultores. Mas o grande impulsionador no Estado, nos últimos anos, foi o programa Pró-Irrigação, desenvolvido pelo governo gaúcho por meio da Secretaria Extraordinária da Irrigação e Usos Múltiplos da Água (Siuma). “A grande contribuição da atual administração é a de aumentar o nível de conscientização dos produtores, divulgar as tecnologias disponíveis e criar o programa de açudagem. É preciso ter “fábricas de água” para que se possa aproveitar e expandir a irrigação”, define Kwast.

A meta da Siuma é construir, até o final deste ano, 6 mil microaçudes e 1,5 mil cisternas. Os microaçudes custam, em média, de R$ 7 mil a R$ 50 mil e têm capacidade para irrigar de 10 a 15 ha de pasto e entre 5 e 10 ha de grãos. “É um investimento que se paga em uma safra e meia. Por isso, é fundamental aderir ao programa”, reforça o secretário da Irrigação, Rogério Porto, que lamenta a resistência dos produtores à inovação. Segundo ele, é a partir dos resultados colhidos por outros agricultores que haverá uma maior participação.

O Pró-Irrigação contempla ainda a construção de barragens e de miniaçudes nas regiões mais atingidas. Esse é apenas o começo de um plano complexo. Seriam necessários US$ 8 bilhões no prazo máximo de 10 anos para colocar um ponto final ao problema da estiagem. Mas, enquanto esses recursos não vêm, é preciso adequar à necessidade de medidas à realidade de caixa vigente.

Do contrário, novas perdas afetarão o agronegócio gaúcho, a exemplo do que ocorreu na atual safra de verão. Segundo apuração da Emater/RS-Ascar, a safra de milho apresentou quebra de 20,5% com relação à do ano passado. O leite teve a produtividade ainda mais afetada. De abril a maio, a redução foi de 30% a 50%, com as pastagens devastadas pela estiagem.

As chuvas da semana passada, que amenizaram a situação, não tiveram qualquer efeito prático nas lavouras de milho, arroz, feijão e soja. No caso do leite, a expectativa é que, dentro de 60 dias, comece a recuperação a partir do plantio das pastagens de inverno. “Vai ser uma retomada gradativa”, explica o presidente da Emater, Mário Nascimento. Segundo ele, a umidade do solo vai garantir o plantio da safra de trigo, que começa agora em maio.

A Emater/RS-Ascar tem sido o braço direito da Siuma na implementação do programa. Entre 2007 e 2008, foram realizados 295 eventos para mais de 11 mil participantes. Para este ano, o planejamento prevê 362 encontros para 7 mil participantes, além de mais de duas mil visitas com foco em projetos de irrigação. Até abril de 2009, foram implementados 350 cisternas e 962 microaçudes.



Gargalos precisam ser eliminados


Não bastasse a cultura mais conservadora quanto à adoção de sistemas irrigados, várias pedras pelo caminho acabam tirando o ânimo de quem decide investir. Um deles é a lei ambiental, considerada muito restritiva e que está em discussão na Câmara dos Deputados. No início deste mês, a Comissão de Agricultura começou a avaliar as propostas da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Entre as tendências, está a observação de características de cada região.

Alterações como essas serão bem-vindas. No caso do Rio Grande do Sul, que é rico em águas e tem uma topografia favorável à construção de açudes, o processo é dificultado em função de se tratar de áreas consideradas de preservação permanente. “A atual legislação não permite a subtração nesses locais, nem mesmo mediante compensação ambiental”, diz Siegfried Kwast, presidente do Grupo Fockink.

As dúvidas dos clientes são tantas que a Fockink, além da venda de equipamentos, dá toda uma consultoria sobre a regulamentação. Segundo o empresário, somente a mudança da lei permitirá que se aumente a capacidade de açudagem em território gaúcho.

Neste ano, a Fockink registrou um aumento significativo na procura por sistemas de irrigação, mas o contato foi feito quando a estiagem já apresentava os primeiros sinais. “O produtor que quer investir tem que fazê-lo com antecedência. Apenas para obter a licença ambiental, são necessários em média seis meses, mais outros dois meses para fabricar e montar o equipamento”, explica o empresário. Considerando-se a produtividade média de milho, soja e leite, são necessários de três a quatro anos para amortizar o investimento em irrigação.

Outro gargalo refere-se à falta de investimento de concessionárias de energia na área rural. “As empresas não têm interesse, de maneira geral, em investir na zona rural. Também preocupa o produtor a questão do preço mínimo pago pelos produtos. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, lembra que há mais de 800 mil toneladas de trigo armazenadas à espera de comercialização com uma oferta de valores que sejam compatíveis com a necessidade do produtor. Também há milho nos silos aguardando um melhor preço. “Estão oferecendo de R$ 16,00 a R$ 17,00 a saca enquanto o preço não poderia ser inferior a R$ 24,00”, lastima Sperotto. Segundo ele, a frustração é maior ainda em função dos mais de 70 dias de seca que atropelaram a lavoura de milho na fase inicial.



O Brasil no cenário mundial

– A área irrigada no País é de 4,3 milhões de hectares, enquanto o potencial de solos para o desenvolvimento sustentável da irrigação alcança cerca de 30 milhões de hectares. Representa pouco mais que 1% da área irrigada total do planeta
– O País ocupa o 16º lugar no ranking mundial
O Brasil está entre os países com menor relação “área irrigada/área irrigável” (cerca de 10%)
– Possui a menor taxa de hectares irrigados/habitante da América do Sul, o equivalente a 0,018 hectares por habitante (ha/hab)



Como acessar o Pró-Irrigação

PÚBLICO ALVO

O beneficiário do programa deverá atender, obrigatoriamente, um dos critérios a seguir:
– Ser produtor rural com cédula de produtor e/ou com registro no Pronaf (DAP), ou ser empresa rural reconhecida pelo Incra.
– Ter vínculo com entidade, cooperativa ou outra forma de associação de produtores reconhecida legalmente.
– Ser irrigante, reconhecido e cadastrado na Fepam e no Departamento de Recursos Hídricos DRH/Sema.


Construção de cisternas

O agricultor participa com 50% do custo da lona de revestimento e de cobertura. A prefeitura executa o serviço de escavação e a Siuma participa com os outros 50% do custo das lonas.


Construção de microaçudes

O agricultor participa com 20% e a Siuma com 80% do valor do custo de movimento de terra para construção do microaçude. A Siuma é responsável pela licitação, contratação e pela liberação dos recursos para execução da obra, que será de responsabilidade da empresa contratada.

O agricultor interessado deve entrar em contato com a Emater/RS-Ascar do seu município ou com a prefeitura.



Linhas disponíveis no Bndes

PARA PEQUENOS PRODUTORES

Pronaf Mais Alimentos

Clientes – Pessoas físicas enquadradas como Agricultores Familiares no Pronaf, e desde que tenha 70% da renda da unidade familiar oriunda das atividades previstas a seguir.
Investimentos para: produção de milho, feijão, arroz, trigo, mandioca, olerícolas, frutas, leite e café; e criação de gado de corte, caprinos, ovinos, suínos e aves.
Condições de Financiamentos
Taxa de Juros: 2% a.a.
Prazo Total: Até 10 anos.
Prazo de Carência: Até 3 anos.
Nível de participação: Até 100%
Amortização: A data da primeira amortização e a periodicidade de pagamento do principal serão definidas pela instituição financeira credenciada, de acordo com o fluxo de recebimento de recursos da propriedade beneficiada.
Limite do Financiamento:Acima de R$ 7 mil até R$ 100 mil.


PARA PEQUENOS E GRANDES PRODUTORES

Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem – Moderinfra

Clientes: Produtores rurais (pessoas físicas ou jurídicas), e suas cooperativas.
Itens Financiáveis
Investimentos fixos e semifixos relacionados com todos os itens inerentes aos sistemas de irrigação e de armazenagem, contemplando implantação, ampliação, reforma ou recuperação, adequação ou modernização, de forma conjunta ou isolada.
Taxa de Juros: 6,75% ao ano, incluída a remuneração da instituição financeira credenciada de 3% ao ano.
Nível de Participação: Até 100%.
Limite do financiamento: Até R$ 1 milhão por cliente, para empreendimento individual, e até R$ 3 milhões, para empreendimento coletivo, respeitado o limite individual por participante, para investimentos fixos e semifixos.
Prazo Total: Até 96 meses, incluída a carência de até 36 meses.
Prazo de Vigência: Até 30/6/2009, respeitados os limites orçamentários.
Os pedidos de financiamento encaminhados previamente à contratação poderão ser protocolados no Bndes, para aprovação, até 29/5/2009 para o Produto Bndes Automático e até 12/6/2009 para o Produto Finame Agrícola.
Mais informações junto ao Bndes e instituições financeiras credenciadas.



Tendência é de que seca permaneça nos próximos anos


As previsões climáticas não são as mais otimistas para os próximos anos. A tendência é de que o aquecimento global potencialize a forma como se apresentam fenômenos locais, caso do El Niño (que provoca chuva no Sul e seca no Nordeste) e La Niña (efeito oposto, com seca no Sul e chuvas no Nordeste). “Serão mais frequentes e com maior intensidade”, adverte o pesquisador da Embrapa Clima Temperado Ivan Rodrigues de Almeida.

O tradicional veranico começa a perder espaço para a chamada seca hidrológica, que chega a comprometer o abastecimento urbano, como acabou de acontecer no Estado. Nos últimos 30 anos, os períodos de estiagem se apresentaram com certa normalidade. “Basta lembrar que não se tem o frio na intensidade com que se apresentava há algumas décadas”, exemplifica Almeida.

Para que haja a superação do quadro atual, o pesquisador diz que seria necessário mais 100 anos com uma mudança total de hábitos, o que inclui obedecer a todos os critérios estabelecidos. “Só que as pessoas continuam poluindo. Então, a tendência é de que a situação permaneça e até mesmo se intensifique”, lastima. Por isso, mais do que reverter o cenário, é preciso concentrar forças para minimizar os efeitos que o clima tem provocado.

Os produtores de leite foram os mais afetados nesta estiagem. “Em alguns locais, as perdas superaram os 50%”, diz o assessor de políticas agrícolas da Fetag, Airton Horscheid. A recuperação deve iniciar dentro de 60 dias, quando começará a vingar a pastagem de inverno. A maior preocupação dos produtores é que falte água disponível para irrigação. Por isso, o objetivo é estimular a construção de cisternas nas pequenas propriedades das regiões mais atingidas.

A cisterna também tem sido a solução para muitos dos produtores que integram a cooperativa Santa Clara. Mas a iniciativa não é geral. “Quando o problema da seca chega, as pessoas pensam em irrigar. Mas logo que vem a ajuda da natureza, os planos acabam adiados”, reconhece o diretor administrativo-financeiro da Santa Clara, Alexandre Guerra. Por isso, os meses de abril e maio, tradicionalmente de menor produção – o pico é em setembro e outubro -, foram ainda mais afetados pela estiagem, totalizando uma quebra de 28% no período no fornecimento para a cooperativa.



O exemplo que vem do semiárido


É do sertão do Nordeste, a maior região semiárida do Brasil, que vem lições importantes para combater a seca. Lá, a Associação Brasileira de Captação e Manejo de Água de Chuva (Abcmaq) desenvolve uma série de projetos para amenizar os efeitos da falta de água que normalmente atinge o consumo das famílias e a prática agrícola. O semiárido abriga dois milhões de famílias de pequenos agricultores, o equivalente a cerca de 10 milhões de pessoas que sobrevivem da terra, o equivalente a cerca de 50% da agricultura familiar do Brasil.

Entre as iniciativas bem-sucedidas, está o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), liderado pela ONG Articulação Semi-Árido Brasileiro (ASA Brasil). De 2003, quando foi implementada, até 14 de maio deste ano, foram construídas mais de 255 mil cisternas, que recebem as águas da chuva que são canalizadas por meio de calhas. Cada uma armazena 16 mil litros, quantidade suficiente para o abastecimento de uma família de até cinco pessoas durante seis a oito meses. Este modelo de cisterna custa, em média, entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil.

Mas o desafio em viver com o clima seco deixou de ser marca dos nordestinos. Os gaúchos também têm sofrido os reflexos da estiagem ao longo dos anos. “A situação já é comum dos estados no Sul”, diz o presidente da Associação Brasileira de Captação e Manejo de Água de Chuva (Abcmaq), Luiz Rafael Palmier. A questão tem sido tão recorrente que a entidade deverá abordar o tema no próximo congresso nacional, que será realizado em Caruaru/PE, de 28 de setembro a 1 de outubro. Segundo ele, é fundamental avaliar as características do Sul para que se tenha um programa eficaz contra a estiagem.



Sistemas de captação disponíveis

– Cisterna adaptada para a roça: Com a água de uma cisterna de 16 mil litros (outra que não a de consumo doméstico), é possível irrigar pequenas áreas como um quintal produtivo de 10 metros quadrados de hortaliças, regar mudas ou ter água para galinhas e abelhas.
– Cacimba: É um poço raso, capaz de fornecer água para uso humano, animal e agrícola.
– Barragem subterrânea: Aproveita as águas das enxurradas e de pequenos riachos disponíveis na região. No tempo de seca, aquela área inundada mantém a umidade e pode ser implantada com todo tipo de fruteiras, verduras e culturas anuais, além de fornecer água por meio de um poço escavado.
– Caixio (barreiro trincheira): Desenvolvido para armazenar água para os animais e para irrigação de salvação, complementando as necessidades de cultivos anuais.
– Pequeno açude: Pode-se plantar nas margens, na vazante, ou abaixo do açude com irrigação de salvação.
– Caldeirão (tanque de pedra): É uma caverna natural, escavada em lajedos (às vezes aumentada nos períodos de seca), e representa excelente reservatório para armazenar água das chuvas para uso humano, animal e agrícola.
– Mandala: É uma tecnologia da permacultura adaptada para o semi-árido, racionalizando e otimizando o uso da água de um pequeno reservatório cônico para irrigação por gotejamento de hortifruticulturas em torno, consorciadas entre si e com criatórios de peixes e aves.
– Barramento de água de estradas: A experiência consiste em captar e canalizar a água da chuva que escorre pela lateral de estradas por meio de manilhas, e armazená-la, depois de processos de decantação, numa cisterna subterrânea, servindo para irrigação de salvação.

*Fonte: Abcmaq



Conab vai apurar as perdas no Estado


Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vão apurar, nesta semana, as quebras decorrentes da estiagem no Rio Grande do Sul. No caso da soja, a expectativa é de que o prejuízo tenha sido menor para quem optou por plantar um pouco mais tarde, explica o gerente da área de Avaliação de Safras da Conab, Eledon Pereira de Oliveira. O último levantamento da Conab revela que a estiagem na região Sul interrompeu a sequência de dois meses de crescimento que vinha sendo registrado na safra atual de grãos do País.

Os cálculos, referentes aos dados colhidos até 7 de maio, dão conta de uma colheita de 136,59 milhões de toneladas, 0,7% menor do que as 137,57 milhões toneladas projetadas no mês passado. Ainda assim, este período segue como o segundo melhor da história.

A maior retração foi verificada no milho segunda safra, cultura mais atingida pela estiagem em alguns estados. As plantações de soja também foram atingidas e registram redução de 518,10 mil toneladas. Com isso, o Brasil deve colher 57,62 milhões de toneladas. O maior produtor da oleaginosa é o Mato Grosso (18 milhões de toneladas), seguido do Paraná (9,57 milhões de toneladas) e do Rio Grande do Sul (7,84 milhões de toneladas). 

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