Café – Busca da eficiência
02/06/09
Especialista lista desafios a serem enfrentados pela cultura
Os maiores desafios tecnológicos para o agronegócio café, especialmente em momento de crise financeira mundial, são garantir sustentabilidade, reduzir custos e aumentar renda e eficiência na produção. A declaração é do gerente-geral da Embrapa Café, Aymbiré Fonseca, que relatou, a experiência do Consórcio Brasileiro de Pesquisa no 3º Fórum & Coffee Dinner, realizado em São Paulo, semana passada, pelo Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Aymbiré Fonseca afirmou que a pesquisa está direcionada no sentido de desenvolver variedades para uso da maioria dos produtores com menor emprego de insumos e maior aproveitamento racional da água.
O consórcio existe há 11 anos e reúne 45 instituições de pesquisas nas principais regiões cafeicultoras do país. Segundo Aymbiré, por causa dos avanços da pesquisa, o café consegue conviver com pragas, como a ferrugem capaz de destruir uma lavoura inteira, além de preparar o produtor para o enfrentamento das mudanças climáticas.
O gerente-geral da Embrapa Café ainda disse que a pesquisa busca a renovação das lavouras, que significa o uso de novas espécies mais adequadas a cada ambiente e mais ajustadas aos sistemas produtivos. O Brasil tem 370 mil propriedades de café em 2 mil municípios de 18 estados. O país é o principal exportador de café com 60% do o mercado dos 170 países importadores do produto.
CAMPANHA Durante o fórum, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, lançou a segunda edição da campanha Café é Saúde, que. vai divulgar, até o dia 22 deste mês, os benefícios da bebida para a saúde e sua importância para a economia do Brasil. O 3º Fórum & Coffee Dinner abordou ainda a produção e consumo do produto no mundo.
FUNCAFÉ Para financiar a colheita do café safra 2009, o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) autorizou a liberação de mais R$ 120 milhões. Somados aos R$ 160 milhões, autorizados na semana anterior, já são R$ 280 milhões destinados a essa modalidade de financiamento. Para acessar a linha de crédito, cafeicultores e cooperativas devem procurar um dos agentes financeiros credenciados até o momento – Bradesco, Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), Banco Ribeirão Preto, Santander, Cooperativa Central de Crédito do Espírito Santo (Cocecrer), Cooperativa Central de Crédito de Rural de Minas Gerais (Crediminas), Banestes e Crédito Rural dos Cafeicultores da Região de Varginha (Credivar). Ao todo, o Funcafé vai destinar R$ 450 milhões para colheita da safra atual, conforme determina a portaria dos ministérios da Fazenda e da Agricultura.