Café teve redução de preço em 10 capitais, segundo Dieese

5 de junho de 2009 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: 04/06/2009 17:06:03 - InfoNet

Arroz e feijão estão mais baratos, segundo Dieese

A maioria dos produtos da cesta básica nacional teve redução de preço na maioria das capitais. O feijão e o arroz baratearam em 16 cidades. O feijão caiu mais em Vitória (-13,45%), Aracaju (-12,70%), Florianópolis (-11,07) e Rio de Janeiro (-10,35%). Em Salvador houve uma elevação de 0,74%. No período anual, o feijão apresentou forte queda, como em Fortaleza (-50,22%), Belém (-48,83%), São Paulo (-48,66%) e Aracaju (-47,00%). A menor queda ocorreu em Brasília (-13,40%).


No ano, o feijão barateou em todas as 16 capitais. A forte alta no ano passado foi causada pela menor produção e menor oferta. Já em 2009 houve excelente colheita e grande oferta, reduzindo substancialmente o preço do produto.


Arroz


O arroz aumentou seu preço apenas em uma capital, Porto Alegre (1,08%). Em todas as demais cidades houve queda, as maiores encontradas em Florianópolis (-5,26%) e Salvador (-4,76%). Nos últimos 12 meses, seis regiões tiveram barateamento do preço, sendo que as maiores reduções foram apuradas em Belém (-14,53%), Goiânia (-13,30%) e Vitória (-8,29%).


Pão


  O pão barateou em 12 cidades, como no Rio de Janeiro (-5,51%) e Natal (-2,18%). Em Salvador não foi constatada alteração de preços e Aracaju (3,25%) e Manaus (2,01%) tiveram as maiores altas.


Nos últimos 12 meses foram observados tanto aumentos como quedas nos preços em oito capitais. As reduções mais expressivas foram em Fortaleza (-14,34%), Belo Horizonte (-10,60%) e Curitiba (-6,34%). As altas de preços foram verificadas em Goiânia (13,32%), Vitória (4,69%) e Porto Alegre (3,19%).


Houve aumento nas importações de trigo nos últimos meses, entretanto a Argentina está  reduzindo a quantidade exportada do trigo em grão, o que poderá causar impacto no preço de seus derivados, principalmente no pão.


café e açucar


O café e o açúcar apresentaram igualmente redução em 10 capitais e elevação em outras sete. O preço do café caiu mais em Vitória (-2,81%) e Goiânia (-2,34%) e aumentou com maior intensidade em Salvador (3,08%), Florianópolis (1,63%) e Recife (1,43%). Em abril, as altas haviam ocorrido em dez capitais.


Na comparação com maio de 2008 (16 capitais), o café está mais caro hoje em dez regiões, especialmente em Goiânia (21,36%), Porto Alegre (11,07%) e Florianópolis (7,15%). As reduções mais significativas foram observadas nas três maiores capitais do Sudeste: São Paulo (-11,68%), Rio de Janeiro (-6,31%) e Belo Horizonte (-6,27%).


Já o açúcar teve a oferta aumentada desde abril, quando teve início o corte da cana, especialmente em São Paulo. As principais quedas de preços foram observadas no Rio de Janeiro (-4,82%), Belo Horizonte (-3,82%) e Goiânia (-3,68%). Em Brasília (12,50%), Recife (9,09%) e João Pessoa (7,69%) o aumento foi expressivo.


Nos últimos doze meses o açúcar está mais caro em 15 capitais, com altas extraordinárias em Goiânia (77,03%), Belém (54,62%) e Fortaleza (52,00%); enquanto Vitória (4,65%) e Recife (9,92%) apresentaram as menores altas; e em Belo Horizonte (-8,70%), houve um barateamento.


Carne


Alguns produtos encareceram em maior número de capitais. A carne subiu em 11 cidades, como em Vitória (5,41%), Recife (4,27%) e Florianópolis (3,36%). Nas demais capitais a alta foi inferior a 1%. As quedas no preço da carne foram pequenas. Apenas em Natal (-1,40%) a taxa ultrapassou a variação negativa de -1%.


No período de um ano, em 14 regiões houve aumentos significativos no preço da carne. João Pessoa (21,36%), Goiânia (16,90%), Recife (15,69%) e Rio de Janeiro (15,04%) apresentaram os maiores crescimentos de preços. As duas reduções de preços foram observadas em Aracaju (-2,37%) e Florianópolis (-1,30%).


Até o surgimento da crise financeira, o país exportava bastante carne, com preços competitivos e mais baratos internamente. Mas após a crise econômica mundial, os financiamentos e os créditos foram drasticamente reduzidos e muitos países diminuíram as importações. Com o início do inverno, quando as pastagens enfrentam seca, há possibilidade de aumento no preço do produto.


Leite


O leite aumentou em 13 cidades, como em Porto Alegre (18,90%), Vitória (14,42%), Belo Horizonte (12,77%), Curitiba (11,33%) e Rio de Janeiro (10,47%). As reduções ocorreram em três capitais, Fortaleza (-2,83%), Natal (-2,20%) e Aracaju (-0,63%). Na capital federal, o preço do leite não se alterou.


Comparado a maio do ano passado, o preço do leite aumentou em 15 cidades, com queda apenas em Brasília (-12,31%). Altas expressivas foram observadas em Recife (48,05%), Vitória (47,76%) e Porto Alegre (32,78%). As alterações efetuadas nos últimos doze meses, com a coleta também do leite longa vida (dada a escassez do leite tipo C), explicam em parte a elevação no preço do leite, mas tem havido forte pressão dos criadores de gado leiteiro para aumentos no preço do produto, o que também causou impacto.


Tomate


O preço do tomate subiu em dez cidades, em sete delas acima de 12%. Os maiores aumentos foram em Natal (53,89%) e Recife (53,80%). Dentre as sete cidades onde houve redução estão Goiânia (-10,57%) e Brasília (-10,55%).


Contudo, o tomate agora está mais barato que em igual mês do ano passado em 15 capitais. As quedas mais significativas ocorreram em Vitória (-42,40%), Florianópolis (-37,35%), Rio de Janeiro (-34,06%) e Curitiba (-30,80%). Em movimento oposto aparece apenas Salvador, com alta de 37,82%, cidade bastante afetada por fortes chuvas. O clima sempre influi no preço do tomate, seja no cultivo ou no escoamento, para os consumidores.


Fonte: Dieese
 

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