Syngenta diz que 2º semestre irá minimizar recuo de vendas

5 de junho de 2009 | Sem comentários Comércio Empresas
Por: DCI - SP

Priscila Machado

SÃO PAULO – Faltando quase um mês para o encerramento do primeiro semestre de 2009, a Syngenta prevê encerrar o ano com uma redução de 10% a 15% nas vendas de agroquímicos ante 2008, resultado que acompanha os números estimados pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) para as empresas do setor. Mesmo com a queda em relação ao ano passado, a perspectiva indica uma retomada no volume de comercialização em 2009 e um retorno aos patamares de 2007, considerados dentro da média histórica.



No primeiro quadrimestre a companhia teve uma retração de 35% nas vendas de defensivos direcionados ao cultivo de grãos e de quase 40% nos produtos para cana-de-açúcar. “A razão é que havia uma dificuldade de crédito, gerando uma indefinição no volume de negócios”, disse Laercio Valentin Giampani, diretor geral da Syngenta no Brasil. Segundo o executivo, o cenário incerto fez com que algumas decisões fossem adiadas, mas o segundo semestre será de recuperação, tanto no setor de grãos quanto no sucroalcooleiro. “A previsão é de que no ano a queda seja de 10% a 15% em relação a 2008, parecido com o que foi em 2007 que é um patamar normal”, prevê.



O ano de 2008 foi atípico para o setor que obteve recorde nas vendas no Brasil, totalizando US$ 7,1 bilhões em receita com a comercialização de 733,9 milhões de toneladas de defensivos. Com esses números o País ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o maior mercado mundial para defensivos.



Em 2009, a diminuição da área plantada de algumas culturas, como o milho, levou o mercado de defensivos não só a uma queda nas vendas como dos preços desses insumos. Nesse contexto não só a Syngenta como outras empresas do setor enfrentaram problemas nos primeiros meses do ano. O litro do glifosato (comercializado pela Monsanto com o nome de Randup) teve retração de 42% desde o início do ano, e o preço atual, R$ 10,50, é 24% menor em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Scot Consultoria. No entanto, a consultoria ressalta que os herbicidas a base de glifosato terminaram o mês de maio estáveis, interrompendo um ciclo de quedas observado desde o início do ano.



Outro fator que poderá minimizar a retração do mercado é a aprovação pela Comissão de Agricultura da Câmara Federal de um requerimento para que o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, justifique sua decisão de proibir 13 ingredientes utilizados na fabricação de 200 agrotóxicos. A argumentação é a de que essas matérias-primas estão ameaçadas de serem banidas do País já a partir deste mês.



Segundo o deputado Moacir Micheletto (PMDB), autor do documento, a suspensão desses produtos já vem causando prejuízos ao setor de defensivos, e aumento nos preços dos agrotóxicos, e que essa medida anuncia pode no futuro resultar num processo de cartelização.



Inovação



A partir de 2010, a Syngenta poderá ser responsável por uma revolução no cultivo de cana, que se por um lado beneficiará o produtor, com uma redução de até 15% nos custos de plantio por hectare aliado a um aumento de 15% na produtividade, poderá reduzir significativamente o número de empregos nesse segmento.



No próximo ano a empresa começa a comercializar o Plene, uma tecnologia para plantar cana a partir de mudas tratadas com produtos da empresa. A inovação propõe a substituição do método atual de plantio por um sistema de produção de mudas de cana com menos de 4 centímetros de comprimento que receberão aplicações de tratamento de sementes para maximizar o desenvolvimento nos estágios iniciais.



Antonio Carlos Guimarães, presidente da Syngenta para a América Latina, prevê que o pico de vendas da tecnologia será em 2015. Até lá a empresa estima um potencial de mercado de US$ 300 milhões por ano. “O aumento do market share [no segmento sucroalcooleiro] vai depender do nível de adoção, mas estimamos que o Plene vá agregar 20% no faturamento com produtos para cultivo de cana”, afirmou.



Para amenizar o impacto na mão de obra, já que o novo sistema pode reduzir de sete para até dois o número de trabalhadores por hectares, a Syngenta está participando do projeto “RenovAção” que será implantado nas principais regiões produtoras de do Estado de São Paulo, onde os trabalhadores que atuam no plantio e no corte manual da cana receberão treinamento e requalificação para desempenharem outras funções na área industrial das usinas ou fora da atividade canavieira.



A Syngenta, maior fabricante mundial de agroquímicos, prevê encerrar o ano com uma redução de 10% a 15% das vendas ante 2008. Mesmo com a queda em relação ao ano passado, a perspectiva indica retomada do volume de comercialização em 2009, e um retorno aos patamares de 2007.



No primeiro quadrimestre, a companhia teve uma retração de 35% nas vendas de defensivos direcionados ao cultivo de grãos, e de quase 40% nos produtos para cana-de-açúcar. “A razão é que havia uma dificuldade de crédito que gerava indefinição do volume de negócios”, diz Laercio Valentin Giampani, diretor-geral da Syngenta no Brasil.



A partir de 2010, a Syngenta poderá ser responsável por uma revolução no cultivo de cana: a empresa começa a comercializar o Plene – tecnologia para plantar cana a partir de mudas tratadas com produtos da empresa. A inovação propõe a substituição do método atual de plantio por um sistema de produção de mudas de menos de 4 centímetros que receberão aplicações de tratamento de sementes para maximizar seu desenvolvimento em estágios iniciais. Antônio Carlos Guimarães, presidente da Syngenta da América Latina, prevê que o pico de vendas da tecnologia se dará em 2015. O grupo estima um potencial de mercado de US$ 300 milhões por ano.

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