HITÓRIA DO CAFÉ – O auge econômico de Vassouras foi no século 19 com a exportação do café.

Por: 04/07/2009 18:07:03 - Ação

Resgate da cultura

O auge econômico de Vassouras foi no século 19 com a exportação do café. Ficou conhecida como a cidade dos barões. Boas histórias não faltam ao lugar. “Eu trabalho na estrada de ferro Central do Brasil, a pessoa parava assim e falava estrada de ferro Central do Brasil”, relembra seu filhinho, mestre Griô.


A preservação da cultura pela valorização da tradição oral é uma das preocupações do PIM. E criou o projeto Raízes do Vale para Ação Griô. Seu filhinho é mestre na tradição da caninha verde.


“Quem queria saber o meu nome devia ter perguntado, meu chamo Nilton Dias da Rosa, sempre as ordens, seu criado. Agora o apelido é filhinho Santana é que o povo está acostumado”, explica seu filhinho.


Fatinha é mestre griô em jongo: cultura africana que exerceu forte influência na formação do samba no Brasil. Juntamente com seu filhinho, ela compartilha o saber nas escolas públicas.


“Esse projeto a gente fala de quatro tradições do Vale do Paraíba – vocês sabem que o Vale é rico culturalmente. Então a gente trabalha a caninha verde que é a tradição do seu filhinho, que sabe tudo de caninha verde, eu trabalho com jongo que é uma dança de origem africana que existe desde a época dos escravos, tem um outro jongueiro de arrozal e a folia de reis”, fala Fatinha.


A herança do café se perpetuou nas fazendas que serviram de abrigo aos barões. Algumas apresentações do PIM são nestes cenários. Um privilégio.


Celso é um amigo do PIM. Músico renomado foi o primeiro flautista da Orquestra Sinfônica Nacional.


“Eu vim para cá conheci o pessoal, me apaixonei e até hoje eu pago para vir estar aqui, é uma honra muito grande participar desse projeto, maravilhoso”, afirma Celso Woltzenlogel, flautista.


A opinião dos alunos também é unânime. “Na verdade o PIM é muito complicado a gente tentar separar isso de, à s vezes é um trabalho, é muito mais do que isso, não é um trabalho, é um carinho, é uma família que está lá todo mundo conhece todo mundo, todo mundo sabe onde todo mundo mora, então à  vezes tem bronca, à s vezes não tem, à s vezes passa a mão na cabeça, à s vezes precisa de um colo, todo mundo lá”, diz Aline Gomes, estudante.


“Porque aqui, como a gente diz, a gente vive numa família, então os nossos colegas são nossos irmãos, o pessoal mais velho da coordenação são nossos tios, nossos pais assim, então o relacionamento que a gente tem aqui é como o relacionamento de uma família, então a gente divide muitas coisas com eles, muitas aflições que a gente tem dentro de casa, a gente chega aqui mal, eles sentam perguntam o que ta acontecendo que aconteceu vamos conversar, para não passar”, fala Lívia Marques, 20 anos.


“O PIM ele mobiliza a cidade inteira para conseguir fazer um trabalho para cidade inteira”, conta Sheila Yatsugafu, violinista.


“É o encontro de várias pessoas, vem aqui e tudo num só objetivo de aprender mais e mais então é um lugar ótimo eu convido a quem quiser estar com a gente, conhecer o projeto sinta-se a vontade com a gente, todo mundo é bem vindo”, diz Manuel da Silva Filho, funcionário público.

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.