Fôlego para a economia (Commodities Agrícolas)

Por: VALOR ECONÔMICO -SP

04/08/2009 

Os preços futuros do cacau atingiram ontem o maior preço em 11 meses na bolsa de Nova York, após a divulgação de dados que apontaram para ganhos na indústria de manufaturados dos Estados Unidos e da China, o que sinaliza que a recessão mundial pode estar mais próxima do fim. “O setor está começando a virar”, afirmou à agência Bloomberg o estrategista-sênior da MF Global, Adam Klopfenstein, de Chicago. Na bolsa de Nova York, os papéis com vencimento em dezembro deste ano fecharam o dia a US$ 2.972 por tonelada, com alta de 46 pontos. Fundos de investimento e outros grandes especuladores intensificaram as compras desses papéis. Em Ilhéus e Itabuna, o preço médio da arroba ficou em R$ 85,60, segundo a Central Nacional dos Produtores de Cacau.


Clima frio ameaça


Os preços futuros da soja fecharam com forte alta ontem, na bolsa americana, impulsionados por notícias de que o tempo frio nos Estados Unidos pode atrapalhar o desenvolvimento do grão, segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg. Na bolsa de Chicago, os contratos para setembro encerraram a U$ 10,8850 o bushel, com elevação de 44,50 centavos. “Neste momento, estamos preocupados com o clima”, afirmou Jonathan Barratt, gerente da Commodity Broking Services. A China, maior consumidor global da soja, comprou 1,92 milhões de toneladas do grão americano, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). No mercado doméstico, a saca de 60 quilos da soja fechou a R$ 49,48, segundo o índice Cepea/Esalq.



Clima seco


A previsão de tempo ainda mais seco no Meio-Oeste americano alavancou os contratos de milho negociados em Chicago já no primeiro pregão da semana. Na interpretação do mercado, a temperatura mais alta, que deve perdurar por cerca de dez dias, pode inibir o desenvolvimento da colheita nesta região produtora do país. Além disso, a desvalorização do dólar continua a jogar a favor das cotações, segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg. Diante destes dois cenários, os papéis com vencimento em dezembro fecharam a US$ 3,69 por bushel em Chicago, com alta de 19,5 centavos de dólar. Já no mercado doméstico, a saca de 60 quilos do milho encerrou a R$ 19,67, com queda de 0,74%, de acordo com o indicador Cepea/BM&FBovespa.



Dólar desvalorizado


Os contratos futuros do trigo subiram ontem no mercado americano para o maior patamar em um mês, na esteira das especulações de que o dólar desvalorizado irá elevar a demanda por produtos americanos. Os Estados Unidos são os maiores exportadores mundiais do cereal. “Quando se vê o dólar baixo e todas as commodities em alta, é difícil segurar os preços”, disse à Bloomberg Mark Gold, da Top Third Marketing, em Chicago. Na bolsa de Chicago, os papéis para entrega em dezembro encerraram o dia cotados a US$ 5,7725 por bushel, com alta de 21,50 centavos. Em Kansas, contratos com mesmo vencimento fecharam a US$ 5,96, alta de 20 centavos. No mercado do Paraná, a saca de 60 quilos ficou com preço médio de R$ 27,93, com alta de 2,31%, segundo o Deral.

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