Cafeicultores terão dívidas convertidas em sacas de café

8 de setembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: ABN News / AGRO-CIM

08/09/2009 – 09:12:06
Cafeicultores afirmam enfrentar a pior crise dos últimos 100 anos


As reivindicações dos cafeicultores, defendidas pelo governador Aécio Neves junto ao governo federal, começam a ser atendidas. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, adiantou, na quinta-feira (3), que ações de alívio ao setor serão anunciadas na semana que vem, durante reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN). Uma delas será a conversão de parte das dívidas financeiras dos produtores em sacas de café.


Em abril, o governador mineiro se reuniu em Brasília com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quando apresentou a ele as principais reivindicações dos cafeicultores, que afirmam enfrentar a pior crise dos últimos 100 anos. Na quinta-feira (3), o governador Aécio Neves conversou com o ministro Stephanes, por telefone, e reforçou a necessidade das medidas de apoio à cafeicultura mineira e nacional serem adotadas com urgência.


Além das 3 milhões de sacas de café já adquiridas via contrato de opção, o ministro antecipou que o governo federal irá adquirir mais 7 milhões de sacas de café até o ano que vem, uma parte por compra direta e outra por meio de compensação da dívida, adotando medida sugerida pelo governador a partir das reivindicações dos agricultores.


Nas negociações iniciadas em abril, o governador insistiu na necessidade de elevar o preço mínimo do café, com o objetivo de cobrir os custos de produção e garantir a renda dos agricultores. Ele também reforçou a necessidade de implantação, pelo governo federal, de um programa de leilões de Opções Públicas de Venda de Café que remunere adequadamente o setor produtivo e enxugue a oferta do produto no mercado. Segundo o Conselho Nacional do Café, a dívida dos cafeicultores brasileiros está estimada em R$ 4,2 bilhões.


O governador lembrou ainda a importância das medidas para Minas Gerais, uma vez que o Estado responde por metade da produção nacional de café. Em 2008, a produção mineira foi de 23 milhões de sacas, o que representou aumento de 42% em relação ao ano anterior. O café é o principal produto da pauta de exportações do agronegócio estadual. No ano passado, as vendas de Minas para o mercado internacional movimentaram US$ 3 bilhões.


“Nós hoje produzimos 50% da safra nacional com uma distribuição muito grande pelo Estado, cerca de 400 municípios mineiros têm no café sua principal atividade econômica. Essa é a razão da minha presença e a ação política sempre é importante”, alertou o governador ao ministro.


Entre as medidas que deverão ser anunciadas pelo CMN está também a criação de uma linha de crédito de R$ 100 milhões, com recursos do Funcafé, voltada para cooperativas de crédito renegociarem dívidas. O valor liberado deverá ser de até R$ 200 mil por produtor, que terá prazo de quatro anos para efetuar pagamento, com juros de 6,75% ao ano.


Está prevista, ainda, a criação de outra linha de R$ 100 milhões para renegociar prazo para pagamento das Cédulas de Produto Rural (CPRs). Essa linha também terá prazo de quatro anos para pagamento, com juros de 6,75% ao ano.

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Cafeicultores terão dívidas convertidas em sacas de café

4 de setembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

BELO HORIZONTE (04/09/09) – As reivindicações dos cafeicultores, defendidas pelo governador Aécio Neves junto ao governo federal, começam a ser atendidas. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, adiantou, nessa quinta-feira (3), que ações de alívio ao setor serão anunciadas na semana que vem, durante reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN). Uma delas será a conversão de parte das dívidas financeiras dos produtores em sacas de café.


Em abril, o governador mineiro se reuniu em Brasília com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quando apresentou a ele as principais reivindicações dos cafeicultores, que afirmam enfrentar a pior crise dos últimos 100 anos. Nessa quinta-feira (3), o governador Aécio Neves conversou com o ministro Stephanes, por telefone, e reforçou a necessidade das medidas de apoio à cafeicultura mineira e nacional serem adotadas com urgência.


Além das 3 milhões de sacas de café já adquiridas via contrato de opção, o ministro antecipou que o governo federal irá adquirir mais 7 milhões de sacas de café até o ano que vem, uma parte por compra direta e outra por meio de compensação da dívida, adotando medida sugerida pelo governador a partir das reivindicações dos agricultores.


Nas negociações iniciadas em abril, o governador insistiu na necessidade de elevar o preço mínimo do café, com o objetivo de cobrir os custos de produção e garantir a renda dos agricultores. Ele também reforçou a necessidade de implantação, pelo governo federal, de um programa de leilões de Opções Públicas de Venda de Café que remunere adequadamente o setor produtivo e enxugue a oferta do produto no mercado. Segundo o Conselho Nacional do Café, a dívida dos cafeicultores brasileiros está estimada em R$ 4,2 bilhões.


Produção mineira


O governador lembrou ainda a importância das medidas para Minas Gerais, uma vez que o Estado responde por metade da produção nacional de café. Em 2008, a produção mineira foi de 23 milhões de sacas, o que representou aumento de 42% em relação ao ano anterior. O café é o principal produto da pauta de exportações do agronegócio estadual. No ano passado, as vendas de Minas para o mercado internacional movimentaram US$ 3 bilhões.


“Nós hoje produzimos 50% da safra nacional com uma distribuição muito grande pelo Estado, cerca de 400 municípios mineiros têm no café sua principal atividade econômica. Essa é a razão da minha presença e a ação política sempre é importante”, alertou o governador ao ministro.


Entre as medidas que deverão ser anunciadas pelo CMN está também a criação de uma linha de crédito de R$ 100 milhões, com recursos do Funcafé, voltada para cooperativas de crédito renegociarem dívidas. O valor liberado deverá ser de até R$ 200 mil por produtor, que terá prazo de quatro anos para efetuar pagamento, com juros de 6,75% ao ano.


Está prevista, ainda, a criação de outra linha de R$ 100 milhões para renegociar prazo para pagamento das Cédulas de Produto Rural (CPRs). Essa linha também terá prazo de quatro anos para pagamento, com juros de 6,75% ao ano.

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