Estímulo do dólar (Commodities Agrícolas)

10 de setembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: VALOR ECONÔMICO

10/09/2009 

Compras de fundos especulativos levaram o cacau às maiores altas em 14 meses ontem em Nova York num dia em que o dólar mais fraco e a valorização das ações deram o tom, segundo a Dow Jones Newswires. Os contratos de dezembro fecharam com alta de US$ 80,00 a US$ 3.033 por tonelada em Nova York. As compras foram estimuladas porque o dólar mais barato torna atrativas as commodities negociadas na moeda. Para analistas, ações valorizadas indicam perspectiva de condições mais favoráveis à demanda por cacau e chocolate. No último ano, o consumo mundial foi fraco e, agora, analistas aguardam informações sobre a safra principal na região oeste da África. Na bolsa de Londres, o contrato de dezembro subiu 42 libras a 1.927 libras por tonelada ontem. Em Ilhéus e Itabuna, a arroba ficou em R$ 87,35, em média.


Céu de brigadeiro. Os contratos futuros do suco de laranja concentrado e congelado encerraram o pregão de ontem, em Nova York, com a maior queda em dois meses. Mais uma vez, as vendas especulativas pontuaram o dia, com base na melhora do clima nas regiões produtoras da commodity nos Estados Unidos. Nenhum tempestade é prevista, e o furacão Fred tampouco representa uma ameaça ao continente, segundo o governo. Alguns analistas chegaram a cogitar que a temporada de tempestades tropicais dos EUA já se encerrou. Em Nova York, os contratos para novembro fecharam com queda de 65 pontos, para 90,75 centavos de dólar por libra-peso. No mercado paulista, a caixa com 40,8 quilos de laranja destinada à indústria fechou a R$ 5,60, segundo o Cepea/Esaql. Em cinco dias, a alta acumulada é de 0,36%.



Reversão de tendência. As especulações de que a safra atual de soja dos Estados Unidos baterá recorde, revertendo a queda nos estoques do país, derrubou ontem os contratos futuros da commodity na bolsa de Chicago. O país é o maior produtor e exportador de soja do mundo. Segundo o Departamento de Agricultura (USDA), a produção americana deverá subir 1,6% em relação à estimativa feita em agosto, para 3,251 bilhões de bushels. “Estamos vendo uma safra recorde”, disse à agência Bloomberg o economista Bill Nelson, da Doane Advisory Services. “Os produtores estão vendendo em vez de estocar”. Em Chicago, os papéis para novembro caíram 8 centavos, para US$ 9,2850 por bushel. No mercado doméstico, a saca de 60 quilos fechou a R$ 46,97, com queda diária de 0,47%, segundo o indicador Cepea/Esalq.



Estoques elevados. Os contratos futuros do trigo recuaram ontem para o menor preço em dois anos, diante de especulações de que o aumento na produção dos países exportadores (incluindo Canadá e França ) elevará os estoques e afetará a demanda pelo cereal dos EUA. O Canadá afirmou que seus estoques até 31 de julho, incluindo o trigo durum, totalizaram 6,56 milhões de toneladas, uma alta em relação às 4,41 milhões de toneladas no mesmo período de 2008. Na França, a produção deve sair de 37,1 milhões de toneladas para 37,5 milhões. Com isso, os papéis para dezembro fecharam, em Chicago, com queda de 2,75 centavos, para US$ 4,5625 por bushel. Em Kansas, o recuo foi de 5,50 centavos, a US$ 4,725. No Paraná, a saca de 60 quilos fechou a R$ 25,53, sem variação, segundo o Deral.

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