ES: reeleito à frente da Faes, Júlio Rocha rejeita índices de produtividade

11 de setembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: 10/09/2009 17:09:27 - Página Rural

 
10/09/2009 17:09:27 – Página Rural
Vitória/ES
Na próxima segunda-feira, 14, o agronegócio capixaba dará continuidade às ações da atual diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do ES (Faes) reempossando como presidente o engenheiro agrônomo Júlio da Silva Rocha Júnior. A cerimônia acontecerá às 10h, no Cerimonial Oásis, em Santa Lúcia, Vitória.


Rocha é hoje vice-presidente diretor da região Sudeste da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil) e responde ainda pela presidência da Comissão Nacional da Pequena Propriedade da mesma entidade.


Com posicionamento firme frente a questões polêmicas como a inclusão de índices de produtividade ao setor primário e sobre as mudanças do código florestal brasileiro, ele planeja a implementação de ações para o desenvolvimento do segmento no Espírito Santo, inclusive com o apoio à formação profissional em assentamentos.


O setor primário é responsável por 1/3 do PIB, da mão de obra e das exportações brasileiras.


Conheça algumas opiniões da Faes.


Índice de produtividade
A Faes se posiciona contrária ao critério de produtividade proposto pelo Governo Federal que se baseia em dados do Incra objetivando desapropriaçao para reforma agrária. De acordo com o presidente da Faes Júlio Rocha, as mudanças nos índices de produção vão criar uma instabilidade tremenda na produção rural e prejudicar milhares de famílias do campo. “O Incra nos impõe o aumento da produção.


O Brasil, tem 5 milhões de propriedades rurais e 80% delas são de pequenos agricultores. Não temos condiçoes de investir de forma privada, sem que o governo nos dê condições e recursos para tanto”, enfatiza Rocha.


Mudança no código de segurança florestal
A fim de promover maior eficácia na aplicação da lei, para que atividades rurais não sejam prejudicadas por erros e excessos da legislação, a Faes defende mudanças no Código Florestal Brasileiro. A proibição de plantio em encostas e topos de morros, por exemplo, prejudica proprietários rurais, especialmente no Espírito Santo onde grande parte das plantações de café ocorre nesses locais.


“Não pretendemos instalar novas lavouras nestes locais, apenas manter as já existentes e os investimentos realizados. É uma injustiça contra o produtor modificar leis sem adequação à realidade. Se o próprio Governo, em tempos passados, incentivou certas práticas, não pode mais tarde penalizar quem as seguiu”, diz Júlio Rocha.Se nada for feito, cerca de um milhão de agricultores terá suas atividades paralisadas no Brasil. Aqui no estado, a maioria das plantações agrícolas é realizada em terras montanhosas, e a Lei de Crimes Ambientais seria um desastre não só para os produtores, como também para a economia estadual.


A Faes ainda defende a criação de um Código Florestal Estadual embasado em critérios técnicos e que esteja em consonância com a realidade capixaba.


Conheça algumas ações futuras da Faes


Agente de Saúde Animal • Brucelose
Com o objetivo de controlar e erradicar a Brucelose no Estado, a Faes e o Senar/ES propuseram um projeto para a melhoria da cobertura vacinal contra a brucelose. O projeto, que faz parte do Programa Nacional de Controle e Erradicação da doença, visa reduzir a prevalência e incidência da zoonose, certificar propriedades livres da brucelose, padronizar o controle junto ao código sanitário internacional, melhorar o padrão sanitário e agregar valor aos produtos de origem animal. O Governo do Estado, através da Secretaria Estadual da Agricultura, é o principal parceiro do projeto, junto a outras entidades que também abraçaram a causa.


Com o projeto, a meta é que até 2014, 85% das bezerras existentes no Estado sejam vacinadas. Para isso, 50 sindicatos rurais capixabas disponibilizarão Agentes de Saúde Animal para realizar a vacinação. Mais de R$ 1 milhão será investido no projeto.


Agente Ambiental
A capacitação de agentes ambientais tem como meta a propagação de ações educativas e o desenvolvimento de projetos comunitários práticos que têm como base a sustentabilidade e a cidadania. O programa possui sete módulos, com os temas: educação ambiental e cidadania, legislação, arborização e paisagismo, resíduos sólidos, noções gerais de saneamento: água e esgoto, recursos hídricos e seminário de apresentação dos projetos de intervenção.


Inclusão digital
Agora os produtores rurais capixabas vão entrar de fato na era digital. O Programa Inclusão Digital Rural, desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, chega em 2009 ao Estado. São quatro salas e uma unidade móvel de informática com capacidade de atendimento de aproximadamente cinco mil pessoas ao ano. O veículo circulará pelas comunidades rurais de todo o Espírito Santo, promovendo a educação digital no campo, através de conhecimentos básicos em informática para produtores, trabalhadores e famílias rurais.


A Faes, como as demais federações, irão implementar os projetos instituídos pela CNA.


Mutirão da cidadania
O Ação Cidadã é um programa de caráter social realizado para promover o fortalecimento da cidadania. Trata-se de um mutirão no qual parceiros somam esforços para oferecer serviços essenciais nas áreas de educação, saúde, lazer, cultura e cidadania às comunidades menos favorecidas.


O mutirão de cidadania leva serviços básicos como emissão de documentos, atendimentos médico e jurídico, ação antidrogas, educação ambiental e coleta seletiva de lixo.


Observatório de Desproteções Sociais
A CNA e o Senar Administração Central vão promover uma pesquisa para identificar as desproteções sociais no meio rural. O Cadastro Social, como é chamada a pesquisa, servirá como um termômetro que medirá os problemas enfrentados pelas famílias rurais em diversas áreas como saúde, educação, infraestrutura e cultura.


No Espírito Santo, os trabalhos de captação de dados já começaram e são coordenados pelo Senar regional. Cerca de mil moradores da zona rural dos 78 municípios capixabas devem responder ao questionário e ajudar a desenvolver ações e projetos de melhoria da qualidade de vida do homem do campo.


 

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