OIC: Brasil tem cafeicultor mais eficiente e avançada legislação trabalhista e ambiental, mas produtores não são recompensados

21 de setembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Teve início nesta segunda-feira (21/09) – e se prolonga até a próxima sexta-feira (25/09) –, a 103ª Sessão do Conselho Internacional do Café da OIC (Organização Internacional do Café), na sede da entidade, em Londres. Ao final do primeiro dia de reuniões o presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado federal Carlos Melles, disse que o Brasil parece ter “ganhado ânimo” para um novo posicionamento na missão da OIC, que é congregar países produtores e consumidores para uma cooperação internacional para o enfrentamento de desafios com que o café se depara em todo mundo.”Como o maior Brasil é o maior produtor e o segundo maior consumidor de café, o país forçosamente tem que ser organizador de políticas mundiais para o café”, destacou o parlamentar.


“O país passou a ter um novo posicionamento, uma visão mais completa de colaborar em um esforço para harmonizar as relações entre as duas pontas: os países produtores e os consumidores”, disse o deputado, explicando que os produtores brasileiros de café fazem questão de abrir qualquer discussão em fórum altamente qualificados como a OIC, pelo produtivo histórico que a cultura cafeeira tem no país. “O Brasil não tem só os cafeicultores mais competentes, mas também tem as melhores legislações trabalhistas e ambiental na área rural. O problema é que o produtor não é recompensado por sua eficiência e ainda paga sozinho pela qualidade de legislação que temos”, enfatizou o deputado.


Reunião prévia – A delegação brasileira presente em Londres para a 103ª reunião da Organização Mundial do Café participou no domingo (20), de uma reunião na Embaixada do Brasil para reforçar a disposição do país em retomar as premissas descritas na missão da OIC para a cafeicultura no mundo.


“A OIC é o principal organismo intergovernamental a serviço do café, e como tal precisa fortalecer os rumos para propiciar a sustentabilidade da economia cafeeira mundial” reforçou o Presidente da Frente Parlamentar do Café, Deputado Federal Carlos Melles.


As reuniões da OIC acontecerão durante toda esta semana de 21 a 25 de setembro e as discussões se iniciam com as deliberações nas áreas de finanças e estatística, além de um workshop para tratar do financiamento do setor cafeeiro. Em seguida iniciam-se as plenárias e neste momento a delegação brasileira, chefiada pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Dr. Gerardo Fontelles, defenderá enquanto país participante do conselho e maior produtor mundial do grão e segundo maior consumidor da bebida, que a OIC precisa retomar urgentemente os seus projetos de desenvolvimento para o setor.


Em discurso contundente, a Frente Parlamentar do Café no Congresso Nacional ressaltará o compromisso da instituição internacional no enfrentamento dos principais desafios com que o café se depara no mundo inteiro, com o objetivo principal de alavancar a economia cafeeira e a qualidade de vida de cerca de 25 milhões de famílias que vivem do café em mais de 60 países.


Participaram da reunião:


José Gerardo Fontelles, Secretário Executivo e Lucas Tadeu Ferreira, Diretor do Departamento do Café do MAPA; Fernando S. Zelner Gonçalves, Terceiro Secretário do MRE; Mirian Therezinha Souza da Eira, Pesquisadora da EMBRAPA Café; Nathan Herszkowicz, Diretor-Executivo da ABIC; Deputado Federal Carlos Melles, presidente da Frente Parlamentar do Café no Congresso Nacional e Jaime Junqueira Payne, Assessor Parlamentar; Maurício Lima Verde Guimarães pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA; Guilherme Braga Abreu Pires Filho, Diretor-Executivo, e Carlos Henrique Jorge Brando pelo CECAFÉ.


 

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