CAFÉ: SAFRA 2010 DA COLÔMBIA PODE AUMENTAR PARA 11 A 12 MI SCS – FEDECAFÉ

SAFRAS (21)  Segundo panorama publicado pela Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (Fedecafé) nesta quinta-feira, “as dificuldades de 2009 não serão motivo de preocupações para a cafeicultura colombiana”. Isto se deve à mudança nas condições climáticas, aos incentivos dados pela entidade para fomentar a utilização adequada de fertilizantes e ainda à entrada em produção de áreas renovadas.

Na verdade, salienta a Fedecafé, desde abril do ano passado já houve uma diminuição significativa nas chuvas e o comportamento climático indica que o fenômeno El Niño está em ação. As estações climatológicas do Cenicafé indicam que os volumes de precipitação têm estado abaixo das médias históricas, mas sem gerar preocupações para os cafeicultores. Se espera que entre abril e maio, quando sempre acontece quando o clima está sob os efeitos do El Niño, as chuvas retornem em níveis apropriados para o brotamento dos grãos de café.

Outro fator que beneficiará a produção de café da Colômbia em 2010, segundo a Fedecafé, é a diminuição do preço da uréia, conjuntamente com a implementação do programa “Fertifuturo”, que visa estimular a fertilização por parte dos cafeicultores. Em 2009, as vendas de fertilizantes ao setor cafeeiro cresceram 40% na Colômbia, e mais de 90 mil cafeicultores foram beneficiados com o programa.

Em 2010, pelo menos 100 mil hectares de cafezais renovados em anos anteriores estão entrando em produção da Colômbia. Com lavouras mais jovens e um parque renovado, em condições normais de clima e com aplicação adequada de fertilizantes, a capacidade produtiva da Colômbia está estimada entre 11 a 12 milhões de sacas. 

A Fedecafé observa que a maior produção esperada para 2010 representa “uma grande oportunidade para recuperar a participação no mercado internacional”. Em 2009, as exportações mundiais de cafés arábicas suaves caíram 9,6%. “Este espaço poderá ser  aproveitado pela Colômbia com preços maiores”, diz a entidade. A Fedecafé salienta que atualmente os estoques de cafés suaves certificados na Bolsa de Nova York se encontram em níveis baixos, e que no médio prazo se prevê um crescimento sustentável no consumo de cafés
suaves, o que demonstra que o mercado conta com espaço não só para absorver a recuperação da produção da Colômbia mas também para demandar uma maior quantidade de cafés de melhor qualidade.  As informações partem da Fedecafé. (FR)

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