Bolsa atinge menor nível desde 13 de novembro

26 de janeiro de 2010 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

26/01 – 18:27 – iG São Paulo

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,05% no primeiro pregão da semana. O Ibovespa, principal índice da bolsa, fechou em 65.523 pontos, nível mais baixo desde 13 de novembro, quando encerrou em 65.325 pontos. O giro financeiro dessa terça-feira somou R$ 6,4 bilhões.


A queda do fechamento, no entanto, indicou melhoria em relação à perda de mais de 2,2% registrada à tarde. Essa redução na pressão de venda decorre da melhora de sentimento em Wall Street, onde os índices passaram a registrar alta depois da divulgação dos dados de  confiança do consumidor norte-americano, que subiu em janeiro. Às 18h23, Dow Jones subia 0,48% e o Nasdaq tinha ganho de 0,28%.


Apesar da melhoria no Brasil, ainda pesam sobre as mesmas preocupações dos investidores de antes do feriado: a possibilidade, cada vez mais concreta, de um aperto monetário na China e o plano do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de aumentar a regulação do sistema financeiro. Hoje cedo surgiu a notícia de que diversos bancos da China determinaram que suas agências suspendam a concessão de crédito durante o restante deste mês, conforme relato da agência Dow Jones.


A incerteza aumenta o sentimento de aversão ao risco, que leva os investidores a deixar a bolsa em busca de um porto mais seguro – no caso, os títulos norte-americanos. Não à toa, o dólar subiu nessa terça-feira.


Neste cenário, o aumento da aversão ao risco pode frear as ofertas públicas de ações na Bovespa, já testando o apetite dos investidores para as quatro operações previstas até sexta-feira – da Aliansce, Multiplus, PDG Realty e InPar. Além disso, o foco está voltado para o início da safra de balanços no Brasil, com destaque para o Bradesco, na quinta-feira, e a Redecard, na sexta.


Em relatório, a equipe de analistas da Gradual Corretora comenta que, diante de um cenário “menos brilhante” para o futuro, o mercado corre o risco de viver um quadro de frustração, fazendo com que os bons resultados econômicos pareçam irrisórios. Segundo os economistas, se isso ocorrer as Bolsas tendem a corrigir os índices para os patamares de meados do segundo semestre do ano passado, o que representaria uma pausa técnica.


Porém, outras fontes comentam que o momento ainda é de realização de lucros. No curto prazo, isso pode abrir espaço para a caça a pechinchas na Bolsa.


Estrangeiro tira R$ 1,12 bilhão na Bovespa em dois dias


Com uma saída líquida de R$ 1,12 bilhão em dois dias (20 e 21 de janeiro), o saldo de negociação direta do investidor estrangeiro na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou para a ser negativo em R$ 582 milhões no acumulado do ano. Vale lembrar que na primeira semana do mês, o saldo dos não residentes chegou a ser positivo em mais de R$ 900 milhões.


Dólar


O dólar encerrou o pregão desta terça-feira em alta e atingiu a maior cotação desde o dia 4 de setembro. Foi o sexto pregão seguido de alta. A moeda fechou cotada a R$ 1,836 para venda, em alta de 0,88% frente ao real. (Com Valor Online e Agência Estado)

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