Produtos diferenciados podem receber selo de Indicação Geográfica

24 de fevereiro de 2007 | Sem comentários Produção Sustentabilidade
Por: 23/02/2007 15:02:37 - Info Money

Por: Debora Amabile


InfoMoney


SÃO PAULO – Os processos de certificação de indicação de propriedade intelectual, que apontam procedência geográfica e cultural de produtos manufaturados, atraem o interesse dos produtores, empresários e consumidores do mercado brasileiro.


“O interesse pelas certificações de Indicação Geográfica cresce no País na medida em que permitem agregar valor aos produtos”, verifica Vinicius Lages, gerente da Unidade de Atendimento Comércio e Serviço do Sebrae Nacional.


Setor agropecuário
Os produtores rurais já estão na busca pelas certificações, que são como passaportes para se alcançar consumidores cada vez mais exigentes e diferenciados no mercado globalizado.


“A Indicação Geográfica (IG) agrega valor e reputação aos produtos, relacionando-os a uma determinada região e a um modo de produção”, explica Lages.


Vantagens
Um dos benefícios para os produtores é a questão do comprometimento com o padrão de produção definido no dossiê aprovado pelo órgão competente, que no Brasil é o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).


Com a qualidade e a diferenciação do produto, auxiliada pela IG, o acesso ao mercado aumenta e gera melhoria da qualidade na gestão dos empreendimentos, dirigidos, na maioria das vezes, por empresários de pequeno porte.


“A marca coletiva gera melhores condições aos pequenos produtores rurais na comercialização e esforço de produção. Quanto mais a geografia ligada ao produto for conhecida, melhor posicionamento de mercado será alcançado”, comenta o gerente.


Certificação da IG
Até o momento, os produtos que possuem certificação de IG no Brasil são: os vinhos do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, o café do Cerrado Mineiro e a carne do Pampa Gaúcho.


Segundo Lages, a implantação das certificações de propriedade intelectual é complexa e demorada e é preciso muito cuidado para que elas não sejam banalizadas. “O Vale dos Vinhedos, por exemplo, produz vinho há mais de cem anos”, justifica. Os produtos devem ser realmente diferenciados para merecer os selos IG.
 

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