Cafeicultores de Rodônia discutem a Cafeicultura Moderna Manejo e Mudança para a Alta Produtividade

A empresa Casa do Adubo de Ji-Paraná realizou ontem, às 14 horas, na comunidade Cunha Marechal, no município de Cacaulândia, uma palestra com o tema Cafeicultura Moderna Manejo e Mudança para a Alta Produtividade, ministrada pelo engenheiro agrônomo Bernardo Marques, que abordou tópicos como: o mercado do café atual, o que fazer para reverter a atual situação da cafeicultura no estado, entre outros. O objetivo do evento foi levar aos produtores da região tecnologia e informações para resgatar o cultivo do café em Rondônia.

Marques mostrou dados comparativos entre Rondônia e o estado do Espírito Santo, um dos maiores produtores de café do país. Na safra 2006/07 foram produzidas 9 milhões de sacas de café beneficiado no Espírito Santo, representando 21,2% da produção nacional, sendo 76,4% de café robusta, enquanto em Rondônia neste mesmo período a produção foi de 1,3 milhão de sacas de café beneficiado (100% robusta), o que corresponde a 3% da produção nacional, com uma produtividade média de 7,77 sacas/há, enquanto a média capixaba é de 19,04 sacas/há, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo os índices apontados, Rondônia está na contra-mão das demais regiões cafeeiras do país, declarou o agrônomo. A cafeicultura moderna está pautada na genética, na irrigação, na nutrição e no manejo de poda e desbota, finalizou Bernardo.

A condição de clima e solo de Rondônia é muito favorável para o cultivo de café, por isso é inadmissível a manutenção desses índices no nosso estado. Baseado nessa condição climática é que a Casa do Adubo está nesse projeto piloto que fomenta a cafeicultura na região, uma vez que é sabido por todos que o café gera renda e não deixa o produtor refém do preço do litro do leite e da arroba do boi, disse o representante técnico da Casa do Adubo, Ítallo Amaral, que informou que a sua empresa pretende realizar eventos semelhantes a vários municípios do estado.